Oficina de Diários: exercícios de narrativas pessoais

                                                                                      com Sérgio Barcelos
             
                                                                 
             Módulo 1 - O diário como testemunha ocular Escrevendo a vida no limite
     
             Módulo 2 - O diário de amorEnquanto a alma gêmea não aparece...

             Módulo 3 - O diário como antessala da criação artística

             Módulo 4 - O diário como companheiro de viagem


São muitas as motivação para se escrever um diário. Embora seja considerado um tipo de escrita particular e privado, não foram poucos os diários que ansiaram um dia serem lidos – o que explica o grande número de diários publicados ao longo dos últimos séculos. Alguns deles, quase obras de arte. Outros, no mínimo, curiosos e envolventes. São, sem dúvida, demonstrações de práticas de autoexame, autoexplicação e de autoapresentação.

Essa escrita pessoal, às vezes em estilo desinibido e despretensioso, oferece uma visão singular do mundo, da história e de uma vida. Alguns diários são prolíficos no afã de tudo entender ou explicar, de nada esquecer ou subestimar. Outros diários assumem a missão de apenas lidar com as pequenas (in)significâncias da vida cotidiana e da contabilidade emocional de uma existência.

Os diários, como uma massa de escritos, compreendem as superfícies e também as entranhas da experiência humana: podem ser engraçados, irreverentes, profundos, sagazes, encantadores, vulgares, absurdos ou maledicentes. Há de tudo um pouco para se vislumbrar através dessa porta deixada entreaberta.


Sergio Barcellos: pesquisa em nível de pós-doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro sobre o tema Corpos e Diários: a inscrição do corpo na escrita fragmentada do diário. Desenvolveu, também, projeto de pesquisa em nível de pós-doutorado no exterior sobre o tema “Tempo, memória e escrita diarística”, junto a Hofstra University. Concluiu em 2015 o projeto “Vida por escrito Organização, classificação e estabelecimento do arquivo de Carolina Maria de Jesus”, projeto classificado pelo edital Prêmio Funarte de Arte Negra, 2013, com a publicação do livro Vida por Escrito: Guia do Acervo de Carolina Maria de Jesus.


 

Leitura Dramatizada


Leitura dramatizada por atores de trechos de diários de anônimos e de personagens célebres.

Com Cristina Flores, Karine Teles, Tracy Segal, Camilo Pellegrini, José Mauro Brant e Ricardo Gonçalves.

A leitura dramatizada de diários não será construída em torno de personagens especifícos. A construção da dramaturgia será elaborada a partir da seleção de trechos extraídos dos seguintes diários:
 

1. Os meus romanos - Alegrias e tristezas de uma educadora alemã no Brasil

2. O diário de Bernardina - Da monarquia à República pela lha de Benjamin Constant

3. Diário de luto - Roland Barthes

4. Cinquenta dias a bordo de um navio negreiro - Pascoe Grenfell Hill

5. Diário íntimo de Franz Kafka

6. Diário da Virginia Woolf

7. Diário da baronesa E. de Langsdorff (1842-1843)

8. Citomegalovirus - Diário de guerra contra a aids Hervé Guibert

9. O diário de Antonio Maria

10. Diário de uma viagem ao Brasil - Maria Graham

11. Diário de Cecília de Assis Brasil (1916-1928)

12. Diário íntimo de José Vieira Couto de Magalhães

13. Cerco da Lapa - diário do dr. Filippe Maria Wolff

14. Diários de Joaquim Nabuco

15. Diário selvagem - José Carlos Oliveira

16. Torquatália - Torquato neto

17. Diário de uma viagem da baía de Botafogo à cidade de São Paulo (1810) - William Henry May


Atores


Camilo Pellegrini é formado em Direção Teatral pela UNIRIO. Escreveu e dirigiu: Amélia, Adormecida, Caminhos de Sangue (traduzida para espanhol, francês e alemão), Madrasta, Amores de Sabrina, Brecht Morreu, Filhas de Betty D., Gênesis dos novos deuses. Dirigiu Jogos na Hora da Sesta, A Casa de Bernarda Alba. Como ator: Riscado (2010 – Indicado a melhor ator em Gramado), Discursos, Trilogia de Oscar Saraiva (2006 a 2009). Trabalha como roteirista para a TV Record e escreveu 6 novelas, 3 séries e 6 episódios da série Milagres de Jesus.
 

Cristina Flores, vencedora do Prêmio Questão de Crítica de 2014 por As Horas entre nós. Indicada aos prêmios Shell por Dilacerado e Memória Afetiva de um Amor Esquecido, Qualidade Brasil por A Estupidez, Dilacerado e Memória Afetiva de um Amor Esquecido, Coca-Cola de Teatro por As Viagens de Gulliver. Atriz fundadora de Os Dezequilibrados. Trabalhou com os diretores Pedro Freire, Dennis Carvalho, Denise Saraceni, Antônio Abujamra, João Fonseca, Clarice Niskier, Jayme Monjardim, Moacyr Góes, Celina Sodré. Filme Maresia, de Marcos Guttmann.
 

José Mauro Brant atua no teatro profissional desde 1988, participando, como ator e cantor, de mais de 70 produções. Trabalhou com diretores como Gerald Thomas, Ítalo Rossi, Werner Herzog e Aderbal Freire Filho. Presença constante em musicais brasileiros. Integrou diversos programas ligados ao livro e à leitura como o PRO-LER, Acelera Brasil (Fundação Ayrton Senna), Leia Brasil (Petrobrás). Seu primeiro livro Enquanto o sono não vem foi distribuído para escolas públicas de todo o país. Foi curador da ocupação Dulcina Abre o Pano em 2013.
 

Karine Teles é formada em Teatro pela UNIRIO. Por Riscado, do qual também assina o roteiro, recebeu o prêmio de melhor atriz em Festivais como Rio de Janeiro, Gramado, Melhores do Ano Cinesesc. Também esteve em O Lobo atrás da Porta, Que horas ela volta e Aspirantes. Protagonizou Ao Lado de Felipe Sholl e ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival do Rio 2016. Seus trabalhos mais recentes em teatro foram A Gaivota e Do Tamanho do Mundo. Idealizou e atuou no projeto Carne, híbrido entre teatro e artes plásticas.
 

Ricardo Golçalves cursou a CAL e depois passou para a escola estadual Martins Pena. Formou-se com Elza de Andrade com quem realizou A Farsa da Boa Preguiça, A História de Amor de Romeu e Julieta e Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu. Últimos trabalhos em teatro: Os Sapos, O Estranho Caso do Cachorro Morto, Romanceiro Popular, Uma Homenagem a Ariano Suassuna, War e Papai está na Atlântida. No cinema: Cilada.com, A Balada do Provisório. Em televisão: Malhação, Pecado Mortal e Vitória. Diretor artístico durante 8 anos no Centro cultural da Light.
 

Tracy Segal cursa Estética e Teoria do Teatro na UNIRIO. Formada pela Escola de Teatro Martins Pena e pela Escola de Dança Angel Vianna. Assistência do Domingos Oliveira em diversas obras. Ministrou aulas de interpretação no Grupo Nós do Morro. Em teatro: Festa de família, A partir das 3 Irmãs de Anton Tcheckov, O Que Nos Resta. Em cinema: F 2014; Amorais; Entre Macacos e Anjos. Em TV: Desejo Proibido; apresentadora do programa 100% Brasil; Sob Nova Direção; Mad Maria; Coração de Estudante; The game of our lives.